PORTO VELHO/RO – A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11/05/2022), a OPERAÇÃO VENETO que visa desarticular esquema de desmatamento do PARQUE NACIONAL DO MAPINGUARI e desestruturar organização criminosa dedicada a fraudar o Sistema Oficial de Controle de Produtos Florestais (SISDOF) com o propósito de permitir a comercialização dessa madeira ilegal com aparência de lícita.
Durante a operação foram cumpridos mandados de busca e apreensão em madeireira situada em Vista Alegre do Abunã/RO e também em desfavor de pessoas físicas responsáveis por operacionalizar esquema de extração ilegal de madeiras no interior do PARQUE NACIONAL MAPINGUARI.Foram empregados 14 Policiais Federais na ação de cumprimento dos 4 Mandados Judiciais. Durante a deflagração também houve a participação de agentes do IBAMA, que realizaram fiscalizações administrativas no pátio da empresa alvo para verificar a compatibilidade do saldo de madeira constante do pátio com o respectivo registro no SISDOF.
A investigação se iniciou a partir da prisão em flagrante de oito pessoas que foram encontradas pelo ICMBIO no interior do PARQUE NACIONAL MAPINGUARI com armas, tratores esteiras e caminhões extraindo madeiras em local proibido. As diligências investigativas levaram à identificação da empresa receptora da madeira ilegal e seus gestores.
Segundo as investigações, os criminosos inserem informações falsas no SISDOF para burlar o controle da origem de produto florestal, mediante registros de transações fictícias de compra e venda de madeiras de origem legal, com o único objetivo de obter saldo virtual para “cobrir” as madeiras extraídas ilegalmente no PARQUE NACIONAL MAPINGUARI e permitir a comercialização com aparência de produto lícito ao consumidor final.
Foi determinado também o sequestro e bloqueio de bens dos investigados até o montante de R$ 1.530.156,32 (um milhão, quinhentos e trinta mil, cento e cinquenta e seis reais e trinta e dois centavos), valor estimado por Peritos Federais como representativo do dano causado. Todas as medidas foram deferidas pelo Juiz Federal da 3ª Vara Federal Criminal de Porto Velho/RO, que é especializada em Crimes Financeiros, Lavagem de Capitais e Organizações Criminosas.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, falsidade ideológica, receptação e transporte ilegal de produto florestal, cujas penas máximas somadas chegam a 28 anos.
Fonte: Divisão de Comunicação Social
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