Porto Velho, RO - Rondônia sedia o primeiro seminário para debater e implantar o Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêuticas – PCDT, com a participação de autoridades das três esferas de governo, profissionais de saúde e representantes de instituições sanitárias que atuam no enfrentamento da hanseníase no Brasil.
O evento teve abertura na quinta-feira (27), em Porto Velho, e cumpre uma programação até a sexta-feira (28), com palestras, debates e temas que envolvem o cenário epidemiológico nacional e estadual. O protocolo foi publicado em 2022 e, a partir do seminário rondoniense as discussões serão direcionadas à importância do instrumento e como fazer para implementar os serviços.
O representante do Ministério da Saúde, Gustavo Laine Araújo de Oliveira, coordenador-geral substituto das vigilâncias das doenças em eliminação, que participou da mesa de abertura do evento, fez uma exposição sobre o cenário epidemiológico nacional e estadual da hanseníase. “As doenças negligenciadas têm como consequência pessoas afetadas, ao garantir politicas de saúde e novas tecnologias garantimos o principio da equidade. Estamos empenhados em implantar o protocolo para garantir melhor assistência ao cidadão”, enfatizou.
DEMANDA ATENDIDA
O Governo do Estado investiu na ampliação da equipe de multiprofissionais da Policlínica Osvaldo Cruz – POC e tem fortalecido o tratamento cirúrgico em hanseníase, seja por cirurgia de prevenção de deficiências ou reabilitação.
O coordenador do serviço de atendimento da hanseníase da POC, Wanderley Rufato, destaca que, “o Governo foi sensível à necessidade da população e ampliou o número de profissionais que atendem na Policlínica, inclusive com 3 ortopedistas atendendo especificamente casos de hanseníase e fazendo a parte das cirurgias. Saímos de um universo de 77 cirurgias realizadas em 2019, para o registro até o dia 26, de 483 pacientes operados e 1.227 procedimentos cirúrgicos.
Houve benefícios também na ampliação do atendimento clinico especializado, garantindo um atendimento integral ao paciente. Hoje, a regulação faz apenas o serviço de agendamento direto para prestação do serviço no prazo mínimo de quatro semanas, conforme preconiza o Ministério da Saúde”, informou.
ENCONTROS MUNICIPAIS
O evento faz parte das atividades alusivas ao Dia Estadual de Controle da Hanseníase, comemorado no dia 7 de julho. Durante todo o mês, o Núcleo de Doenças Crônicas Transmissíveis da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia – Agevisa realizou atividades de enfrentamento e visibilidade relacionados à doença, como forma de vencer o estigma, o preconceito e ampliar as discussões de assistência para pessoas acometidas pela hanseníase.
O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima destacou que, o protocolo é uma proposta humanizada que vai melhorar a prestação do serviço. “Nesses dois anos que assumi a gestão da Agevisa o trabalho do governo para com a hanseníase tem sido ampliado, desde as questões mais técnicas até as ações de visibilidade que ajudam a alavancar autoestima dos pacientes.
Exemplo disso é o desfile temático do projeto governamental Biohans, que tem ajudado pessoas acometidas da doença a vencerem o preconceito. Também está previsto o compartilhamento dos resultados obtidos neste seminário para as regionais de saúde pelos municípios do Estado”.
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