Porto Velho, RO - Armas e munições foram furtados da sede do 6º Batalhão da Polícia Militar do Interior, em Santos. O sumiço foi constatado na noite deste domingo 5, após uma vistoria realizada no local, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
Ao todo, teriam sido furtadas duas pistolas, 200 munições, carregadores e outros acessórios de proteção individual que ficavam guardados em um dos armários instalados no alojamento do batalhão.
Segundo a Polícia Militar, o local passou por perícia e foi aberta uma investigação para apurar o sumiço dos equipamentos.
Conforme informações da Secretaria de Segurança Pública ao jornal, foram realizadas diligências na tentativa de identificar o autor do crime e recuperar os armamentos.
O 6º Batalhão do Interior foi um dos locais que abrigou policiais militares vindos de outras localidades durante a Operação Escudo, deflagrada em julho de 2023, após a morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis.
Em fevereiro de 2024, o Batalhão voltou a receber soldados de outras localidades, como reforços da Operação Verão, iniciada com a morte do soldado Samuel Wesley Cosmo.
Um relatório da Ouvidoria da Polícia divulgado nesta segunda-feira 6, fez um perfil das 28 vítimas da Operação Escudo. Do total, 20 eram pardos, quatro brancos e três pretos. Uma das vítimas não teve a cor de pele mencionada no registro da ocorrência.
CartaCapital procurou a PM e o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para comentários sobre o furto de armas em Santos, mas não obteve retorno.
Caso não é isolado
O furto desta semana é o terceiro do tipo no estado.
O caso revelado nesta terça-feira 7 lembra, por exemplo, o furto de armas do Exército em um quartel de Barueri, em outubro de 2023. Naquele episódio, 21 metralhadoras foram extraviadas de um depósito de armas da Força. Parte dos armamentos foi oferecida a integrantes do Comando Vermelho.
Dos 21 armamentos roubados, 19 foram reintegrados ao Exército por operações conjuntas das polícias paulistas e cariocas.
Investigações sobre o furto realizada pelo Exército indicaram a participação de pelo menos 8 pessoas no desvio dos fuzis e metralhadoras, sendo 4 militares e 4 civis.
Em abril deste ano, um novo caso de furto de armamento foi registrado em São Paulo, desta vez em Cajamar, na região metropolitana da capital.
A Guarda Civil Metropolitana identificou o desaparecimento de 26 armas de um depósito da corporação, sendo 19 pistolas e 7 revólveres de uso restrito.
O desaparecimento do armamento foi notado pelos agentes no dia 22 de março. O boletim de ocorrência demorou mais de uma semana para ser registrado.
Em fevereiro, durante uma inspeção, foi notado um dano na fechadura do depósito. Embora tenha sido feito o reparo, os equipamentos guardados no local não foram recontados naquela ocasião.
Segundo a Polícia Civil, responsável pela investigação do caso, o depósito em Cajamar não possuía câmeras de monitoramento.
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