O juiz é pré-candidato alinhado à extrema-direita e foi acusado de usar a toga para se promover
Porto Velho, RO - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu um processo administrativo disciplinar para investigar a conduta do juiz Luiz Rocha por indícios de uso da magistratura para atender a interesses pessoais e politico-partidário. Após se aposentar, no final de 2023, o pernambucano se filiou ao PP. Agora ele é pré-candidato à Prefeitura de Camaragibe, no Grande Recife.
O CNJ apura se Rocha usou a toga e o cargo que ocupou por 30 anos para se autopromover com interesses políticos. O ex-magistrado comanda um programa de rádio, todas as quartas-feiras, em que se intitula como “o juiz do povo”.
Ele se tornou conhecido pela população local em razão de ações feitas no âmbito institucional da magistratura, usando ações da Justiça.
Em novembro, o ex-juiz compartilhou em suas redes sociais uma foto que mostrava um caminhão com sua foto estampada e o slogan de campanha “o juiz do povo”.
O veículo fazia parte de um projeto social, chamado “Justiça para Todos”, criado por ele em 2007.
Ao votar pela abertura do procedimento contra Luiz Rocha, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, afirmou que estariam presentes indicativos de irregularidades. A decisão foi tomada de forma unânime pelos demais integrantes do colegiado.
Segundo Salomão, Rocha se intitulava “juiz do povo” e dava entrevistas explicando causas judiciais, “preparando caminho individual para sua carreira política”.
Caso seja condenado pelo CNJ, a aposentadoria do ex-magistrado passaria da categoria “voluntária” para “compulsória”. Em termos de vencimentos, não haveria alteração, no entanto, a punição tornaria o pré-candidato inelegível.
O ex-magistrado nega as acusações e acredita que será inocentado pelo CNJ.
Bolsonarismo
Durante sua atuação como magistrado, Luiz Rocha se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Comando Militar do Nordeste. Ao ex-capitão, ele pediu “um olhar para a magistratura de carreira”.
Após deixar a toga, Rocha passou a se declarar como um candidato da extrema-direita, tentando colher os frutos deixados pelo encontro com o ex-presidente. Pelas redes sociais, Rocha compartilha imagens de quando ainda era juiz ao lado de nomes da extrema-direita brasileira.
Apesar de publicar, com frequência, fotos ao lado de expoentes bolsonaristas, o pré-candidato não é a escolha do PL, partido do ex-presidente, para concorrer à Prefeitura do município.
Até o momento, figura como pré-candidato do PL, apoiado por Bolsonaro, Paulo Dantas.
Fonte: Carta Capital
Porto Velho, RO - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu um processo administrativo disciplinar para investigar a conduta do juiz Luiz Rocha por indícios de uso da magistratura para atender a interesses pessoais e politico-partidário. Após se aposentar, no final de 2023, o pernambucano se filiou ao PP. Agora ele é pré-candidato à Prefeitura de Camaragibe, no Grande Recife.
O CNJ apura se Rocha usou a toga e o cargo que ocupou por 30 anos para se autopromover com interesses políticos. O ex-magistrado comanda um programa de rádio, todas as quartas-feiras, em que se intitula como “o juiz do povo”.
Ele se tornou conhecido pela população local em razão de ações feitas no âmbito institucional da magistratura, usando ações da Justiça.
Em novembro, o ex-juiz compartilhou em suas redes sociais uma foto que mostrava um caminhão com sua foto estampada e o slogan de campanha “o juiz do povo”.
O veículo fazia parte de um projeto social, chamado “Justiça para Todos”, criado por ele em 2007.
Ao votar pela abertura do procedimento contra Luiz Rocha, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, afirmou que estariam presentes indicativos de irregularidades. A decisão foi tomada de forma unânime pelos demais integrantes do colegiado.
Segundo Salomão, Rocha se intitulava “juiz do povo” e dava entrevistas explicando causas judiciais, “preparando caminho individual para sua carreira política”.
Caso seja condenado pelo CNJ, a aposentadoria do ex-magistrado passaria da categoria “voluntária” para “compulsória”. Em termos de vencimentos, não haveria alteração, no entanto, a punição tornaria o pré-candidato inelegível.
O ex-magistrado nega as acusações e acredita que será inocentado pelo CNJ.
Bolsonarismo
Durante sua atuação como magistrado, Luiz Rocha se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Comando Militar do Nordeste. Ao ex-capitão, ele pediu “um olhar para a magistratura de carreira”.
Após deixar a toga, Rocha passou a se declarar como um candidato da extrema-direita, tentando colher os frutos deixados pelo encontro com o ex-presidente. Pelas redes sociais, Rocha compartilha imagens de quando ainda era juiz ao lado de nomes da extrema-direita brasileira.
Apesar de publicar, com frequência, fotos ao lado de expoentes bolsonaristas, o pré-candidato não é a escolha do PL, partido do ex-presidente, para concorrer à Prefeitura do município.
Até o momento, figura como pré-candidato do PL, apoiado por Bolsonaro, Paulo Dantas.
Fonte: Carta Capital
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