Cármen Lúcia destaca mau tempo como causa da abstenção em Porto Velho e anuncia pesquisa para entender ausências

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Cármen Lúcia destaca mau tempo como causa da abstenção em Porto Velho e anuncia pesquisa para entender ausências

Após alta de ausências no segundo turno, TSE anuncia estudo para enfrentar desafio das abstenções nas eleições futuras

Porto Velho, RO – 
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, anunciou que a Justiça Eleitoral realizará uma pesquisa com os Tribunais Regionais Eleitorais para identificar os fatores que levaram ao aumento da abstenção nas eleições de 2024. A medida, informada durante a coletiva de imprensa no último sábado, visa reduzir o número de eleitores que deixaram de votar, especialmente no segundo turno, onde a taxa de ausentes subiu de 21,68% para 29,26%.

Ao comentar o aumento de abstenções em Porto Velho, Cármen Lúcia atribuiu o índice elevado ao mau tempo que afetou a capital de Rondônia no dia da votação. Segundo a ministra, as fortes chuvas prejudicaram a mobilidade de eleitores, especialmente entre os idosos, para os quais o voto não é obrigatório. Porto Velho registrou 30,63% de abstenções no segundo turno, índice menor que o segundo turno de 2020, quando 34,18% dos eleitores deixaram de comparecer.

A ministra explicou que o estudo será feito em parceria com os tribunais regionais, com o objetivo de compreender as particularidades de cada região e apontar soluções. Um relatório deverá ser publicado em dezembro, antes da diplomação dos candidatos eleitos. “Vamos analisar os dados de cada localidade e trabalhar com os resultados. Houve locais com abstenção de até 16% e outros chegando a 30%,” explicou Cármen Lúcia.

Cenário nacional e abstenções no Amazonas

Conforme o balanço divulgado pelo TSE, Manaus, única cidade do Amazonas com segundo turno, teve uma abstenção de 23,61% no segundo turno, contra 19,94% no primeiro turno. No segundo turno de 2020, o índice foi de 22,23%. Segundo Cármen Lúcia, a estiagem e a baixa dos rios, que têm impactado a logística e transporte na região, preocupavam o tribunal, mas a taxa de ausências ficou abaixo da média nacional.

Em comparação com outros pleitos, as eleições municipais de 2024 registraram a segunda maior taxa de abstenções da história. Apenas o ano de 2020, durante a pandemia de covid-19, apresentou índices superiores, com 23,2% de abstenções no primeiro turno e 29,5% no segundo turno.

Estatísticas e próximos passos

Ainda de acordo com o balanço do TSE, Belém foi a primeira capital a encerrar a contagem de votos, confirmando o vencedor às 17h30. Em relação à substituição de urnas eletrônicas, o total foi de 171 substituições em todo o país durante os dois turnos, de um total de 97.392 urnas, o que representa 0,12% no segundo turno e 0,63% no primeiro turno. Nenhuma seção eleitoral precisou recorrer à votação manual.

O segundo turno também registrou 740.388 justificativas de ausência pelo aplicativo e-Título, em casos onde eleitores estavam fora de seu domicílio eleitoral, além de 83.363 justificativas para eleitores no exterior.

Cármen Lúcia reforçou a importância de investigar as causas do aumento das abstenções, alertando que a Justiça Eleitoral precisa lidar com as particularidades de cada localidade. Ela ressaltou que o trabalho será contínuo para assegurar a participação e o direito ao voto de todos os cidadãos nas próximas eleições, programadas para 2026.

Fonte: Rondônia Dinâmica

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