Porto Velho, RO - Toyota e Nissan anunciaram alterações significativas em suas políticas corporativas voltadas para “Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI)” nos Estados Unidos. As medidas sinalizam um afastamento de práticas associadas ao movimento ‘woke’.
A Toyota informou que reduzirá o foco em programas DEI e deixará de patrocinar eventos LGBTQ. A empresa comunicou que concentrará esforços em iniciativas educacionais voltadas para as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, além de projetos de capacitação para o mercado de trabalho.
A montadora também anunciou sua retirada de rankings como o Corporate Equality Index, da Human Rights Campaign, que avalia políticas corporativas pró-LGBTQ.
A Nissan seguiu pelo mesmo caminho. A empresa anunciou o fim de práticas de contratação baseadas em diversidade e a suspensão de treinamentos obrigatórios sobre temas LGBTQ e DEI. A montadora também afirmou que não participará mais de avaliações externas que considere politizadas, priorizando critérios de mérito e desempenho em suas contratações e promoções.
As mudanças foram impulsionadas por pressões externas de grupos conservadores. Ativistas como Robby Starbuck, conhecido por criticar iniciativas radiciais, destacaram as políticas das duas empresas como alvos de campanhas que pediam uma reavaliação dessas práticas.
Esse movimento acompanha uma tendência crescente entre corporações norte-americanas. Empresas como Ford, Walmart e American Airlines já revisaram ou reduziram políticas woke. Especialistas apontam que decisões judiciais recentes, como o fim da ação afirmativa em admissões universitárias, influenciam o ambiente corporativo e levam as empresas a buscar uma posição menos polarizadora.
Toyota e Nissan justificam as medidas como parte de uma reorientação estratégica. Ambas alegam que as mudanças visam atender melhor às expectativas de suas bases de consumidores e colaboradores.
Empresas adotam modelo MEI como alternativa às políticas DEI
Um movimento global está ganhando força no ambiente corporativo, impulsionado pela insatisfação com práticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Empresas de diversos setores estão substituindo essas políticas pelo conceito de mérito, excelência e inteligência (MEI), que busca priorizar habilidades e competências no processo de contratação e gestão de talentos.
O modelo MEI, defendido por líderes como Elon Musk e Alexandr Wang, CEO da Scale AI, promove uma visão de que contratações baseadas no mérito resultam naturalmente em diversidade de ideias e origens. Wang define o MEI como uma abordagem que valoriza desempenhos excepcionais, reduzindo o peso de imposições corporativas e pressões externas.
A Sociedade de Gestão de Recursos Humanos (SHRM), uma das maiores organizações de RH nos Estados Unidos, também aderiu à tendência ao remover a palavra “equidade” de seus programas de diversidade. A decisão reflete uma reação ao que muitos empresários consideram práticas ineficazes ou contraproducentes em iniciativas DEI.
Jim Kandrac, CEO da Contract Guardian, relatou ajustes em sua empresa para garantir maior imparcialidade nas contratações. Entre as medidas, incluiu a formação de painéis de colegas para entrevistar candidatos antes de sua avaliação final.
O movimento surge em meio a mudanças regulatórias, como a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que proibiu ações afirmativas em admissões universitárias. A medida reabriu debates sobre a eficácia das políticas DEI.
Ainda assim, a crescente adoção do MEI destaca uma busca por equilíbrio entre meritocracia e inclusão
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